sexta-feira, 6 de abril de 2012

JESUS







Jesus era na época considerado um perigoso socialista, que tentava 
igualar os homens, nivelar as fortunas e reduzir os poderes do mundo, 
que ousava pregar o amor para com o inimigo e o perdão para o algoz.
 Era um líder poderoso, excêntrico e ao mesmo tempo humilde, galvanizava 
os ouvintes pelos seus planos corajosos, pregando a reforma do mundo
 material, mas, em seguida, advertia que o seu "reino não era deste mundo
"! Homem inteligente, hábil psicólogo e orador eloqüente, não fazia
 conluios com os maiorais do mundo; verberava o pecado, mas perdoava
 o pecador, revolucionava as massas contra a exploração da ganância
 humana, mas proibia qualquer violência, desforra ou derramamento de sangue. 
Enfim, pensavam os sacerdotes do Sinédrio, onde pretendia 
chegar esse homem que impressionava e captava a simpatia das 
multidões, dispondo-as a segui-lo por toda parte? Qual a sua intenção
 e o que pretendia, verberando as tradições conservadoras do mundo? 
A verdade é que quando o corpo de Jesus estremeceu na cruz, algumas
 cortinas de seda se fecharam apressadamente para o drama do Calvário,
 o qual, na verdade, fora planejado sobre o luxo dos tapetes de
 veludo e ante o tilintar de taças de cristal. Jesus, homem perigoso e
 portador de idéias socialistas avançadas, havia sido finalmente
 eliminado do cenário terreno, cuja presença destemida e honesta era
 incomodativa e prejudicial aos interesses dos 
fartos, avarentos e exploradores da miséria humana. 

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